Planejamento e Produção Florestal
A Unidade de Manejo Florestal – UMF REMASA soma aproximadamente 38 mil hectares de área total que estão distribuídas em diversas fazendas, localizadas em seis municípios, conforme apresentado na tabela abaixo.
Planejamento a Longo Prazo
A Remasa utiliza como principais ferramentas o Inventário Florestal e o Planejamento de Produção para projetar sua produção de madeira para um horizonte mínimo de 30 anos, visando a produção de múltiplos produtos e a maximização do resultado de maneira sustentável.
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Planejamento a Curto Prazo
Tem como objetivo o planejamento operacional, visando o manejo das áreas a serem colhidas nos próximos 12 meses, a manutenção das estradas para o transporte, a seleção do maquinário para as operações e o volume de madeira a ser colhido por fazenda.
Servindo como base para o planejamento estratégico, o Inventario Florestal visa a obtenção de informações quantitativas e qualitativas dos povoamentos florestais e é realizado anualmente em todos os plantios de pinus com idade superior a 5 anos.
Administramos um complexo de 46 fazendas pelo Paraná e Santa Catarina
A Remasa opera de forma independente, administrando um complexo de 46 fazendas nos Estados do Paraná e Santa Catarina com capacidade para produção de 50.000 toneladas/mês de madeira em toras.
Como base de suas atividades, a Remasa estabelece o desenvolvimento através do manejo florestal responsável, visando à segurança e saúde de seus colaboradores, assegurando a redução dos impactos ambientais e cumprindo a legislação ambiental, além de garantir a viabilidade econômica do empreendimento.
A Remasa certifica a maioria das suas áreas de produção e colheita pelo FSC® (Forest Stewardship Council®) com certificado SCS-FM/COC-00132P, sob código de licença FSC-C102407, e seguem os rígidos critérios desta organização.
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Produção de Mudas
O viveiro florestal ocupa uma área total de 8.500m² e produz cerca de 1,5 milhão de mudas/ano, a grande maioria de Pinus taeda e em menor escala Pinus patula.
Os principais aspectos técnicos do viveiro são o fácil acesso, a intensa iluminação solar e a disponibilidade de água mineral em quantidade e qualidade suficientes para atender a demanda em qualquer época do ano.
A produção de mudas de pinus é feita em tubetes de 55 cm3, a partir de material genético com bom crescimento e com adaptação comprovada para a região. A expedição de mudas para o plantio segue um padrão de qualidade rigoroso, sendo escolhidas mudas com um mínimo de 20 cm de altura, 2,5 mm de diâmetro do colos, as quais devem ser livres de tortuosidade e pragas ou doenças. Para atingirmos o padrão de qualidade necessário, optamos por utilizar um bom substrato, além disso, durante o crescimento das mudas, são realizados processos de Fertirrigação a fim de evitar déficit nutricional e por fim durante todo o ciclo há o combate a pragas e doenças que possam afetar a produção das mudas.
Em 2021 foram realizados investimentos no viveiro com a construção de uma estufa com 726 m² para assegurar melhor germinação e acelerar o crescimento inicial das mudas, além da troca de toda tubulação e equipamentos para irrigação. Em 2023, houve a construção de um novo barracão e depósito de materiais, além disso, foi instalado um sistema de proteção para as mudas contra a geada.
No viveiro também são desenvolvidos projetos de Pesquisa e Desenvolvimento, com o intuito de melhorar o procedimento operacional e testar novos produtos disponíveis no mercado. Além disso, é realizada a clonagem de pinus via enxertia, que auxilia no desenvolvimento de programas de melhoramento genético.
Tratos Silviculturais e Manejo Florestal
Em busca de maximizar nossa produção e agregar maior valor no mercado ao produto final, adotamos as melhores práticas silviculturais, iniciando com um adequado preparo do solo buscando aplicar técnicas de cultivo mínimo e sustentáveis. Nosso plantio é realizado de forma manual, seguindo espaçamentos pré-determinados e georreferenciados.
Nas áreas de cultivo, para o controle da matocompetição utilizamos roçada manual ou semimecanizada com motorroçadeira, e aplicação de herbicida. O manejo integrado de pragas é intensificado nos três primeiros anos da floresta. No segundo ao quinto ano são realizadas as podas em áreas estratégicas.
Para produzir madeira de alta qualidade, a Remasa adota as mais modernas práticas de manejo florestal, que envolvem até dois desbastes durante o ciclo produtivo da floresta, classificando sistemática e seletivamente as árvores de modo a produzir toras de melhor qualidade, abastecendo o mercado em seu mais alto nível de exigência.
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Colheita Florestal
A colheita florestal orienta-se a obter o máximo aproveitamento de recursos, através de práticas seguras que visam mitigar impactos negativos e fomentar os impactos positivos gerados. A Remasa prioriza a aplicação de técnicas e equipamentos adequados às especificidades locais, além de empregar maquinários rigorosamente testados e aprovados, impulsionando o grau de mecanização. No contexto da colheita de madeira, o sistema é projetado para atender toda a cadeia produtiva, desde o abate até o transporte ao setor consumidor industrial.
Nas áreas mais íngremes, com declividade superior a 28%, a colheita é realizada de duas maneiras: A primeira é o modelo semimecanizado, com motosserra, arraste com cabo de aço em guincho e processamento pelo cabeçote Harvester. Já a segunda, utiliza-se cabo de aço com trator específico para ancoragem, auxiliando na descida e subida das máquinas Harvester e Forwarder.
O sistema utilizado é o CTL (cut-to-lenght), tanto no desbaste como no corte raso, onde o abate e processamento da madeira é realizado no próprio local de derrubada para posterior baldeio à margem das estradas e ramais. As vantagens deste sistema estão na facilidade de deslocamento em curtas distâncias e a baixa agressão ao meio ambiente, especialmente aos solos. As etapas do processo, como a derrubada, desgalhamento e traçamento são eficientemente conduzidas pelo trator Harvester com cabeçote processador. Posteriormente, o trator Forwarder encarrega-se da remoção da madeira até as margens das estradas, onde ocorre o carregamento. Esta forma de processo ilustra o comprometimento com o equilíbrio da exploração e preservação ambiental.
As toras são classificadas de acordo com a especificação do cliente, com separações de até cinco classes de diâmetros.
Estradas Florestais
A Remasa possui procedimentos operacionais para operações de abertura e manutenção de estradas, de forma a assegurar o correto uso de instruções técnicas e equipamentos, bem como mitigar os impactos ambientais na execução de tais atividades.
As estradas principais são cascalhadas e com drenagem, utilizando-se de caixas de contenção laterais ou saídas d’água e sangradouros das sarjetas laterais com direcionamento ao interior do talhão.
Os trabalhos são feitos visando o melhor e mais adequado escoamento da produção, buscando sempre minimizar os assoreamentos e aumentar a produtividade e eficiência.
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Monitoramento
A Remasa, preocupada em proteger as florestas nativas e plantadas, realiza o monitoramento diário do índice de risco de incêndio e conta com uma brigada de combate a incêndios treinada. Possui torres de observação equipadas com câmeras de alta resolução, que permitem observar até 35 km de distância em linha reta. Além disso, dispõe de equipamentos de apoio, como caminhões de bombeiro, tanques de combate a incêndios rebocáveis por trator e kits portáteis de combate a incêndios florestais.
Além disso, o controle de pragas e doenças é essencial para o bom manejo florestal. Para melhorar o desempenho, realizamos o monitoramento dessas pragas, como, por exemplo, a vespa-da-madeira, uma das principais pragas do pinus.